quinta-feira, 29 de julho de 2010

Desapego

Eu tenho dois irmãos mais velhos e sempre tive facilidade em fazer amizades com homens. Cresci brincando de bola de gude, jogando RPG, subindo em árvore, andando de bicicleta. Minhas pernas marcadas de ser tão serelepe não negam. Tive o cabelo colorido durante muitos anos, e recebi muitos olhares de desaprovação. No meu ensino médio, só fui ter amigas mulheres no segundo semestre do primeiro ano. Eu nunca tive muito dessas frescuras de mulher. Não olhava torto porque a minha colega de turma era magra e bonita. Bebo cerveja porque gosto, uso roupa curta e danço do jeito que eu quiser. Não ligo muito pra opinião de gente que não me conhece e quer pagar de conselheira. Sempre falei o português rasgado e mostrei a minha cara quando não concordava com alguma coisa. Falo palavrão pra caralho. Sou muito foda-se pra frescuras. E isso incomoda. Ser livre e fazer o quê eu tenho vontade sem me preocupar com o quê gentinha vai pensar de mim, deixa uma pulga atrás da orelha de quem tem coceira na língua (ou nos dedos). Não sou espelho e não quero influenciar ninguém a fazer nada. Não entendo ainda porque algumas pessoas perdem o tempo que elas tem e poderiam estar usando em coisas úteis tentando ofender as pessoas anonimamente. Porque é moda ser juiz hoje em dia. Mais do que os batons rosas e as ankle boots. O legal mesmo é você apontar o dedo na cara dos outros, escondendo o rosto pra dizer que a pessoa não é nada, não tem talento, é feia, gorda e faz o quê quer. Como meu irmão sempre diz: 'Quando você aponta UM dedo pra alguém, os outros ficam apontados pra você.'
E como escreveu uma amiga dia desses: "Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer..."

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